O americano Franklin J. Schaffner nasceu no Japão. Seu pai, que era pastor protestante, trabalhava lá na época. Aos cinco anos ele voltou para os Estados Unidos, onde cresceu, se formou em Direito e serviu a Marinha na Segunda Guerra Mundial. Fisgado pelo audiovisual, estreou na televisão em 1949 e lá ficou até 1963, quando fez seu primeiro longa para o cinema. Sua filmografia é de apenas 14 longas, porém, três deles são icônicos: O Planeta dos Macacos, de 1968; Patton - Rebelde ou Herói?, de 1970; e Papillon, de 1973. Este último, com roteiro de Dalton Trumbo e Lorenzo Semple Jr, é uma adaptação do livro autobiográfico de Henri Charrière. A história, por mais incrível que pareça, foi resultado de um erro jurídico. Henri "Papillon" Charrière, vivido intensamente por Steve McQueen, é condenado injustamente à prisão perpétua. Enviado para a Ilha do Diabo, um presídio francês na Guiana Francesa, ele só pensa em uma coisa: fugir. Lá, fica amigo de Louis Dega (Dustin Hoffman) e enfrenta, além do fato do ter sido preso sem ser culpado do crime, as condições de total desumanidade do sistema penal. Papillon é um filme marcante em diversos aspectos. Seja pela forte e intensa história que conta ou pelo desempenho da dupla central de atores, sem esquecer a direção precisa de Schaffner e todos os aspectos técnicos envolvidos. Estamos diante de um filme que é, como os americanos costumam dizer, maior do que a vida.
PAPILLON (Papillon - EUA 1973). Direção: Franklin J. Schaffner. Elenco: Steve McQueen, Dustin Hoffman, Victor Jory, Don Dordon, Anthony Zerbe, George Coulouris, Gregory Sierra, Robert Deman e Bill Mumy. Duração: 151 minutos. Distribuição: Flashstar.