Após estrelar três faroestes dirigidos por Sergio Leone na Europa, o ator Clint Eastwood volta à Hollywood como astro internacional e participa no intervalo de três anos de seis diferentes trabalhos. Uma invejável média de dois filmes por ano. O último deles dessa safra foi este Os Guerreiros Pilantras, de 1970, onde voltou a ser dirigido por Brian G. Hutton, mesmo diretor de O Desafio das Águias, feito dois anos antes. O roteiro original de Troy Kennedy Martin nos leva outra vez ao período da Segunda Guerra Mundial. E lá conhecemos Kelly (Eastwood) que descobre a existência de uma fortuna em ouro em poder dos nazistas. Ele então decide montar uma equipe especial para invadir as linhas inimigas e tomar posse das barras douradas. Como o próprio título nacional já adianta, temos aqui uma engraçada comédia de guerra que mistura espertamente os dois gêneros. Lançado apenas dois meses depois de M.A.S.H., de Robert Altman, apesar de ambos utilizarem o humor em um contexto de conflito bélico, eles não poderiam ser mais distantes um do outro na abordagem que fazem. Ambos são ótimos e, em comum, possuem apenas a presença do ator Donald Sutherland, que aqui interpreta Oddball, o soldado meio hippie que cuida da logística.

OS GUERREIROS PILANTRAS (Kelly’s Heroes – EUA 1970). Direção: Brian G. Hutton. Elenco: Clint Eastwood, Telly Savalas, Don Rickles, Donald Sutherland, Carroll O’Connor, Gavin MacLeod, Hal Buckley, Jeff Morris, Stuart Margolin, Perry Lopez, Tom Troupe, Gene Collins e Harry Dean Stanton. Duração: 144 minutos. Distribuição: MGM/Warner.