O musical, gênero americano por excelência, surgiu no início dos anos 1930 e ao longo desta década e da seguinte, um nome se destaque: Busby Berkeley. Considerado um dos maiores coreógrafos de Hollywood, ele iniciou sua carreira como tenente do Exército dos Estados Unidos. Foi lá que Berkeley revelou seu talento ao conduzir os soldados nas paradas militares. O Rei da Alegria, feito em 1940, é apenas um dos muitos musicais que ele dirigiu. O roteiro de John Monks Jr. e Fred Finklehoffe nos conta a história de Jimmy (Mickey Rooney) e Mary (Judy Garland). Eles são amigos de escola e sonham participar do concurso de bandas escolares de Paul Whiteman e sua Orquestra. O filme acompanha as tentativas da dupla para arrecadar dinheiro para a viagem e funciona como uma espécie de ritual de passagem para a vida adulta. A boa química entre Rooney e Garland, além das boas canções (o filme foi indicado ao Oscar nas categorias de trilha sonora, canção e som e ganhou apenas nesta última). E não posso esquecer da sequência de sonho com a orquestra de frutas. Tudo isso faz de O Rei da Alegria um típico Busby Berkeley. E o que significa? Encantamento e diversão garantidos.
O REI DA ALEGRIA (Strike Up the Band – EUA 1940). Direção: Busby Berkeley. Elenco: Mickey Rooney, Judy Garland, June Preisser, William Tracy, Larry Nunn, Paul Whiteman e Margaret Early. Duração: 120 minutos. Distribuição: MGM/Warner.