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O JOVEM KARL MARX

25 out 2019 às 00:50

Cinebiografias costumam, na maioria das vezes, atrair um grande público. E se trata de uma figura polêmica, é aposta quase certeira. Os produtores de O Jovem Karl Marx talvez tivessem isso em mente. Com direção do haitiano Raoul Reck, que vinha do premiado documentário Eu Não Sou Seu Negro, este filme, que teve o roteiro escrito pelo próprio Peck junto com Pascal Bonitzer, se concentra o período em que Marx (August Diehl) se exila em Paris. Ele tinha 26 anos e se mudara para a capital francesa junto com Jenny (Vicky Krieps), sua esposa. É lá que ele conhece Friedrich Engels (Stefan Konarske), um homem de origem bem diferente da sua e que o auxilia na formatação do que conhecemos hoje como marxismo. Peck não procura reinventar a roda. Pelo contrário. Ele segue aqui a tradicional cartilha das cinebiografias. A diferença é que, neste caso específico, até por conta das ideias defendidas por Marx, o filme assume um caráter bem instrutivo que funciona com perfeição. Mesmo caindo na monotonia em alguns momentos, tudo isso é superado pela clareza do que é mostrado e pela simples constatação de que certas posturas continuam as mesmas. Apesar da distância de mais de 170 anos entre a época que o filme retrata e os dias atuais.

O JOVEM KARL MARX (Le Jeune Karl Marx – França 2017). Direção: Raoul Peck. Elenco: August Diehl, Stefan Konarske, Vicky Krieps, Olivier Gourmet, Alexander Scheer, Hannah Steele, Denis Lyons e Eric Godon. Duração: 118 minutos. Distribuição: Califórnia Filmes.


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