Se eu perguntar quem foi Humberto Teixeira, você saberia responder? Vou dar algumas pistas. Ele nasceu no Ceará em 1915 e morreu no Rio de Janeiro em 1979. Ao longo de sua vida ele atuou em muitas frentes: advogado, deputado federal, poeta e compositor, além de ter fundado e presidido a Academia Brasileira de Música Popular. Falando em música, Teixeira, também conhecido como "Doutor do Baião", compôs junto com Luiz Gonzaga a clássica Asa Branca. Da união com a atriz Margot Bittencourt nasceu sua filha Denise Dumont, também atriz e produtora deste O Homem Que Engarrafava Nuvens, belíssimo documentário escrito e dirigido por Lírio Ferreira. Pode um filme abarcar a vida inteira de uma pessoa? Creio que não. Mas este consegue chegar bem perto. Ferreira e Dumont realizam o resgate da memória de um homem que desempenhou papel importante para a cultura de nosso país. Alinhavado pelas lembranças da filha e com depoimentos que vão do americano David Byrne ao pernambucano Lenine, passando por muitos outros nomes da MPB e das artes. O Homem Que Engarrafava Nuvens é emocionante sem ser piegas e de quebra nos apresenta Humberto Teixeira. Depois de assistir a este filme você poderá responder com segurança e orgulho a pergunta que fiz no início dessa resenha.
O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS (Brasil 2008). Direção: Lírio Ferreira. Documentário. Duração: 106 minutos. Distribuição: Bretz Filmes.