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O HOMEM BICENTENÁRIO

26 jul 2017 às 19:21


A combinação parecia perfeita quando teve início a produção de O Homem Bicentenário. A direção seria de Chris Columbus, que vinha de três grandes sucessos seguidos. À frente do elenco, Robin Williams com todo seu carisma. E o roteiro, adaptado por Nicholas Kazan a partir de um conto de Isaac Asimov, era a "cereja do bolo". O que poderia dar errado? No caso, pelo menos na opinião de Williams, os cortes de orçamento que o estúdio produtor impôs ao filme foram responsáveis pelo fracasso nas bilheterias. Além disso, foi "vendido" como uma comédia, quando na verdade, trata-se de um drama filosófico que discute a condição humana. Para piorar, a crítica recebeu muito mal a obra e isso terminou por afetar drasticamente o faturamento esperado. É curioso observar, no entanto, que o tempo se encarregou de corrigir algumas avaliações precipitadas. O Homem Bicentenário merecia um novo lançamento. Acompanhamos aqui a história de Andrew Martin (Williams, contido e perfeito), um robô fabricado para realizar tarefas domésticas. Ele desenvolve sentimentos e com isso, passa a nutrir o desejo de se tornar humano. A ação se desenvolve ao longo de exatos 200 anos, de 03 de abril de 2005 até 03 de abril de 2205, e ao longo desse período, o filme se encarrega de nos mostrar a maneira como Andrew interage com as pessoas ao seu redor. Columbus conta sua história de forma correta, nunca brilhante. Mas a interpretação de Williams compensa os descompassos da direção.

O HOMEM BICENTENÁRIO (Bicentennial Man – EUA 1999). Direção: Chris Columbus. Elenco: Robin Williams, Embeth Davidtz, Sam Neill, Wendy Crewson, Oliver Platt, Kiersten Warren, Bradley Whitford e John Michael Higgins. Duração: 130 minutos. Distribuição: Buena Vista.


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