Antes de se envolver com o cinema, o francês Albert Lamorisse trabalhou como fotógrafo. Seu primeiro filme, o média-metragem Bim, foi realizado em 1951. Dois anos depois ele dirigiu Cavalo Branco. E a consagração veio em 1956, quando ganhou o Oscar de melhor roteiro original pelo curta-metragem O Balão Vermelho, caso único na história do prêmio. O roteiro, do próprio Lamorisse, conta a história do menino Pascal (Pascal Lamorisse, filho do diretor), que vive sozinho pelas ruas de Paris. Certo dia ele encontra um balão vermelho amarrado a um poste. Após desamarrá-lo, ele percebe que o balão, agora livre, o segue por onde quer que ele vá. O Balão Vermelho é uma pequena obra-prima, sem trocadilho. Lamorisse nos conduz por uma emocionante e envolvente história carregada de amor, poesia, esperança, leveza e alegria. Exibido nas escolas de ensino fundamental com bastante sucesso, o filme também encontrou espaço nos cinemas convencionais e fez parte da infância das crianças europeias e americanas que cresceram entre meados das décadas de 1950 e 1960. Além do Oscar, Lamorisse recebeu também a Palma de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Cinema de Cannes.
O BALÃO VERMELHO (Le Ballon Rouge – França 1956). Direção: Albert Lamorisse. Elenco: Pascal Lamorisse, Georges Sellier, Vladimir Popov, Paul Perey, Sabine Lamorisse e Michel Pezin. Duração: 34 minutos. Distribuição: Paragon.