Frank Borzage já era um veterano em 1928, quando dirigiu O Anjo das Ruas. Ele iniciara sua carreira em 1913 e ao longo dos 15 anos seguintes dirigiu nada menos que 18 curtas e 40 longas. Entre eles, Sétimo Céu, feito no ano anterior. Estes dois filmes têm algo em comum além de seu diretor. Ambos conta com a atriz Janet Gaynor no papel principal, ela que foi a primeira a receber o Oscar da categoria de atuação feminina pelos três papéis que interpretou nos anos de 1927 e 1928: Aurora, de F.W. Murnau e os dois dirigidos por Borzage. O Anjo das Ruas teve o roteiro escrito por Philip Klein e Henry Roberts Symonds, com base na peça homônima de Monckton Hoffe. Acompanhamos aqui a história de Angela (Gaynor), uma mulher que presa em um reformatório após roubar para comprar remédios para sua mãe doente. Ela consegue fugir de lá e se refugia em um circo, onde conhece e se apaixona pelo pintor Gino (Charles Farrell, que havia trabalhado com Gaynor em Sétimo Céu). Porém, acontecimentos de seu passado, além da polícia que continua à sua procura, não lhe dão sossego. O Anjo das Ruas começa um pouco perdido em sua narrativa, porém, encontra o rumo rapidamente e mantém nosso interesse até o final.
O ANJO DAS RUAS (Street Angel - EUA 1928). Direção: Frank Borzage. Elenco: Janet Gaynor, Charles Farrell, Henry Armetta, Natalie Kingston, Guido Trento, Alberto Rabagliati e Louis Liggett. Duração: 102 minutos. Distribuição: Colecione Clássicos.