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NADA É PARA SEMPRE

29 set 2018 às 11:28

Robert Redford começou sua carreira no Cinema como ator em 1960. 20 anos depois ele estreou na direção com Gente Como a Gente, que lhe rendeu o Oscar da categoria. Nada é Para Sempre, de 1992, foi seu terceiro longa atrás das câmeras. O roteiro de Richard Friedenberg tem por base o romance autobiográfico de Norman Maclean e a relação dele com sua família. A ação se passa no início do século XX, na região de Missoula, no Estado de Montana. O reverendo Maclean (Tom Skerritt) é casado com a senhora Maclean (Brenda Blethyn) e tem dois filhos: Norman (Craig Sheffer) e Paul (Brad Pitt). A postura do pai se alterna entre muita rigidez na educação, ao mesmo tempo em que encoraja os filhos nas decisões que tomam. Apesar das diferenças entre eles, há algo que os une: a pesca com mosca, equivalente nacional para o termo inglês fly-fishing, uma das formas mais antigas e artísticas de pescar. O filme chama nossa atenção primeiro pela belíssima fotografia de Philippe Rousselot, premiada com o Oscar. Depois, pelo deslumbrante cenário natural onde os Maclean pescam. Por fim, os encontros, desencontros e atritos entre Norman e Paul, bem como a relação de ambos com o rigoroso pai. Nada é Para Sempre não é aquele tipo de filme para se ver com pressa. É preciso entrar no ritmo da narrativa imposta por Redford. E pode ter certeza, o resultado é compensador. Uma curiosidade: originalmente este filme foi pensado para ser estrelado pelos atores Lloyd, Beau e Jeff Bridges, pai e filhos na vida real.

NADA É PARA SEMPRE (A River Runs Through It - EUA 1992). Direção: Robert Redford. Elenco: Tom Skerritt, Craig Sheffer, Brad Pitt, Brenda Blethyn, Emily Lloyd, Edie McClurg, William Hootkins e Joseph Gordon-Levitt. Duração: 123 minutos. Distribuição: Columbia.


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