O famoso cabaré parisiense Moulin Rouge (moinho vermelho, em português), foi erguido por Josep Oller no bairro de Montmartre, no ano de 1889. Desde então, não só se transformou em uma das grandes atrações turísticas de Paris, como inspirou cineastas a contar histórias passadas lá. Em 1928, na Inglaterra, o cineasta alemão Ewald André Dupont dirigiu Moulin Rouge. Seis anos depois, nos Estados Unidos, foi a vez de Sidney Lanfield realizar sua comédia musical com o mesmo título. Assim como, em 1952, o americano John Huston nos trazer sua cinebiografia do pintor francês Henri de Toulouse-Lautrec, vivido por José Ferrer (em papel duplo, já que faz também o pai do artista), tendo como pano de fundo o lendário Moulin Rouge. É lá que ele bebe seu conhaque e pinta seus quadros das dançarinas da casa. Tudo muda após uma paixão avassaladora por Marie Charlet (Colette Marchand). O roteiro escrito por Huston e Anthony Veiller tem por base o romance de Pierre La Mure. Inspirado pelas vibrantes cores das pinturas de Toulouse-Lautrec, um dos maiores nomes do movimento pós-impressionista, Huston caprichou nos cenários e nos figurinos, o que deu ao filme o Oscar em ambas as categorias. Nesse quesito, serviu de inspiração para a versão musical de 2001, dirigida por Baz Luhrmann.
MOULIN ROUGE (Inglaterra 1952). Direção: John Huston. Elenco: José Ferrer, Zsa Zsa Gabor, Suzanne Flon, Claude Nollier, Katherine Kath, Muriel Smith, Mary Clare, Walter Crisham, Colette Marchand e Peter Cushing. Duração: 119 minutos. Distribuição: Versátil.