Primeiro veio a peça O Pigmaleão, de George Bernard Shaw. Depois, a peça virou My Fair Lady, musical de grande sucesso na Broadway, adaptada por Alan Jay Lerner e Frederick Loewe. Daí para o cinema foi bem rápido. Minha Bela Dama, título que recebeu no Brasil, teve direção do veterano George Cukor. Assim como a peça e o musical, foi extremamente bem sucedido. Com roteiro de Alan Jay Lerner, a versão cinematográfica estreou em 1964. A trama gira em torno de um professor, Mr. Higgins (Rex Harrison), que faz uma aposta com um amigo. Ele aposta ser capaz de transformar Elza (Audrey Hepburn), uma pobre e rude vendedora de flores, em uma dama sofisticada. O tom é de comédia e, apesar do clima romântico que surge entre professor e aluna, não há aqui aqueles elementos típicos de uma história de amor. E isso faz toda a diferença. Originalmente, o filme Minha Bela Dama teria Julie Andrews no papel de Elza, uma vez que ela estava no elenco do musical. Porém, a atriz se recusou a fazer um teste e por conta disso, foi vetada pelo produtor. Acredito que ela teria feito uma Elza fantástica. Mas, sendo bem sincero, depois de ver o filme, não consigo imaginar outra atriz que não seja Audrey Hepburn. Minha Bela Dama é encantador, envolvente e divertido. Daqueles que a gente ver e rever continuamente. Foi o grande vencedor do Oscar naquele ano. Levou oito estatuetas, entre elas: melhor filme, direção, ator e fotografia.
MINHA BELA DAMA (My Fair Lady - EUA 1964). Direção: George Cukor. Elenco: Rex Harrison, Audrey Hepburn, Stanley Holloway, Jeremy Brett, Henry Daniel, Wilfrid Hyde-White e Theodore Bikel. Duração: 172 minutos. Distribuição: Paramount.