Clint Eastwood queria ser músico. Terminou se tornando ator de TV em seriados de faroeste. Quando tentou migrar para o cinema na primeira metade dos anos 1960 não obteve sucesso. Surgiu então um convite do cineasta Sergio Leone para estrelar Um Punhado de Dólares, na Itália. O agente de Eastwood disse que caso ele aceitasse seria um "bad move”, algo como um "mal movimento” para a carreira dele. Aconteceu justamente o contrário. Ele acabou estrelando a Trilogia dos Dólares e ganhou fama mundial. Quando voltou para Hollywood em 1967 ele funda sua companhia, a Malpaso (referência ao conselho do agente demitido) e inicia uma profícua parceria com Don Siegel, que o dirige em Meu Nome é Coogan, seu primeiro longa americano como protagonista. O roteiro de Herman Miller, Dean Riesner e Howard Rodman nos apresenta Coogan, assistente do xerife no Arizona e que é enviado à Nova York para buscar James Ringerman (Don Stroud), suspeito de assassinato que está preso lá. No entanto, ele consegue escapar e cabe a Coogan, persegui-lo e capturá-lo na grande metrópole. Clint Eastwood já havia criado uma persona cinematográfica nos filmes de Leone. Em Meu Nome é Coogan ele urbaniza essa figura de muita ação e poucas palavras. E tudo funciona muito bem. Em tempo: o ator voltaria a trabalhar com Siegel em outros quatro filmes e o considera, junto com Leone, seus mestres na arte da direção. Inclusive foi Siegel quem o incentivou a dirigir.
MEU NOME É COOGAN (Coogan’s Bluff – EUA 1968). Direção: Don Siegel. Elenco: Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Tisha Sterling, Don Stroud, Betty Field, Tom Tully, James Edwards, Rudy Diaz e David Doyle. Duração: 93 minutos. Distribuição: Universal.