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MEU FILHO É MEU RIVAL

14 dez 2018 às 00:21

Não é novidade que boa parte da produção hollywoodiana tem a mão do "produtor" ao invés do diretor. Claro que existem aqueles que conseguem "driblar" essa limitação. Foi o que tentou fazer o cineasta Howard Hawks quando dirigiu, em 1936, Meu Filho é Meu Rival. Produzido pelo poderoso Samuel Goldwyn, este queria que o filme fosse o mais fiel possível ao romance de Edna Ferber, base do roteiro de Jane Murfin e Jules Furthman. Já Hawks fez algumas alterações e conseguiu trabalhar sem maiores problemas, por conta de uma licença médica de Goldwyn. Quando o produtor voltou, Hawks já havia dirigido quase todo o filme e, por diferenças criativas, se desligou da produção. William Wyler foi contratado para concluir as filmagens. Somos apresentados a Barney Glasgow (Edward Arnold). Ele é um ambicioso lenhador que abandona seu grande amor, a cantora Lotta Morgan (Frances Farmer) e se casa com Emma Louise (Mary Nash), filha de seu patrão. Com pitadas de um bom melodrama, seu amigo Swan Bostrom (Walter Brennan) se casa com Lotta e tem uma filha. Duas décadas depois, Barney é um homem riquíssimo, vai visitar Swan e conhece Lotta, a filha que é idêntica à mãe. A paixão do passado volta e ele descobre então que seu próprio filho, Richard (Joel McCrea), também se apaixonou por ela. Vem daí o belo "título spoiler" nacional. Walter Brennan ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu desempenho aqui. Na verdade foi a primeira premiação desta categoria que seria conquistada outras duas vezes pelo ator: em 1939, por Romance do Sul; e em 1941, por O Galante Aventureiro.

MEU FILHO É MEU RIVAL (Come and Get It – EUA 1936). Direção: Howard Hawks e William Wyler. Elenco: Edward Arnold, Joel McCrea, Frances Farmer, Walter Brennan, Mady Christians, Mary Nash, Andrea Leeds, Frank Shields, Edwin Maxwell e Cecil Cunningham. Duração: 99 minutos. Distribuição: Classicline.


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