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MANDY: SEDE DE VINGANÇA

16 nov 2019 às 21:13

Filho do diretor italiano de origem grega George P. Cosmatos, o também italiano criado no Canadá Panos Cosmatos se envolveu com cinema em 1993, quando trabalhou na segunda unidade como operador assistente de vídeo, no filme Tombstone: A Justiça Está Chegando, dirigido por seu pai. A estreia na direção de longas ocorreu em 2010 com Além do Arco-Íris Negro. Seu segundo longa, Mandy: Sede de Vingança, veio apenas oito anos depois. O roteiro foi escrito pelo próprio diretor, junto com Aaron Stewart-Ahn, e nos conta uma estranha e curiosa história de vingança. A ação se passa no ano de 1983 em uma região deserta próxima das Montanhas das Sombras. Red Miller (Nicolas Cage) e sua esposa Mandy (Andrea Riseborough) levam uma vida sossegada no lugar. Até que uma seita religiosa estilo Charles Manson e liderada pelo fanático Jeremiah Sand (Lines Roache), invade sua casa. Após esse trágico evento, Red se dedica a uma única causa: caçar os maníacos invasores e se vingar de todos eles. Se você assistiu ao filme de estreia de Cosmatos já sabe o que esperar de Mandy.
A narrativa tensa com cores fortes e estouradas, aliadas a um roteiro cheio de reviravoltas inusitadas fazem desta obra uma boa surpresa. Além disso, temos um Nicolas Cage insano, no bom sentido, como há muito tempo não víamos. E não podemos esquecer da climática trilha sonora, uma das últimas compostas pelo talentoso islandês Jóhann Jóhannsson, que faleceu prematuramente seis meses antes do lançamento do filme. Em tempo: a música que toca no início é Starless, do King Crimson, e faz parte do álbum Red, de 1974. Terá sido uma mera coincidência o nome da personagem de Cage?

MANDY: SEDE DE VINGANÇA (Mandy – Inglaterra 2018). Direção: Panos Cosmatos. Elenco: Nicolas Cage, Andrea Riseborough, Linus Roache, Ned Dennehy, Richard Blake, Bill Duke e Line Pillet. Duração: 121 minutos. Distribuição: Universal.


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