O cineasta americano Sam Wood, em exatos 30 anos de carreira, esteve envolvido em pouco mais de 80 produções e pode ser chamado de "pau pra toda obra". Ele começou no cinema como assistente de direção de Cecil B. De Mille e chamou a atenção da indústria quando dirigiu os Irmãos Marx em dois longas. A partir daí, uma sucessão de grandes filmes, principalmente, nos últimos dez anos de sua extensa filmografia. Como é o caso de Kitty Foyle, de 1940, e que deu à Ginger Rogers o Oscar de melhor atriz. Dalton Trumbo é o roteirista e adaptou o romance de Christopher Morley. O filme nos apresenta a personagem-título (Rogers), um moça de classe média da Filadélfia. Ela se apaixona pelo empresário Wyn Strafford (Dennis Morgan), mas, sua família não concorda. Ela se muda para Nova York e lá conhece Mark Eisen (James Craig). Kitty é uma mulher dividida entre dois homens, duas cidades e algumas questões de tradição. Talvez por conta da época em que o filme foi feito ele não teve condições de avançar em pontos importantes que só viriam a ser debatidos com mais propriedade no futuro. Mesmo assim, trata-se de uma grande virada na carreira de Ginger Rogers, que receava ficar marcada pelos musicais que protagonizou ao lado de Fred Astaire.
KITTY FOYLE (Kitty Foyle – EUA 1940). Direção: Sam Wood. Elenco: Ginger Rogers, Dennis Morgan, James Craig, Eduardo Ciannelli, Ernest Cossart, Gladys Cooper e Odette Myrtil. Duração: 108 minutos. Distribuição: Colecione Clássicos.