O cineasta neozelandês Peter Jackson dedicou sete anos de sua vida à tarefa de adaptar O Senhor dos Anéis para o cinema. Logo após esse trabalho, todos ficaram na expectativa de sua próxima obra. E ela não poderia ser mais forte e grandiosa. Jackson recorreu à sua mais intensa memória afetiva e refilmou o clássico King Kong, realizado em 1933 por Merian C. Cooper, o filme que despertou nele a vontade de fazer filmes. O roteiro foi escrito pelo próprio diretor junto com sua esposa Fran Walsh, e Philippa Boyens, o mesmo trio que cuidou da adaptação da obra de Tolkien. A ação se passa no mesmo ano do filme original e nos apresenta Ann Darrow (Naomi Watts), uma atriz que acaba conhecendo o cineasta Carl Denham (Jack Black) e o dramaturgo Jack Driscoll (Adrien Brody) e embarca com eles em uma viagem até a Ilha da Caveira, onde farão um filme de aventura, uma vez que aquele lugar perdido no tempo abriga animais há muito extintos. O que eles não sabem é que aquela ilha tem um rei que atende pelo nome de Kong. Peter Jackson faz uso aqui do que havia de mais moderno em tecnologia e nos entrega um filme de impressionante impacto. A paixão do cineasta pela criação de Cooper é visível em cada fotograma. O que faz desta nova versão de King Kong não apenas um grande filme, mas, antes de tudo, uma gigantesca, sem trocadilho, declaração de amor à magia e ao encantamento do cinema. Como esperado, dado os avanços tecnológicos que a obra apresenta, o filme ganhou o Oscar em três categorias: som, mixagem de som e efeitos especiais.
KING KONG (King Kong - Nova Zelândia/EUA 2005). Direção: Peter Jackson. Elenco: Naomi Watts, Jack Black, Adrien Brody, Andy Serkis, Jamie Bell, Kyle Chandler, Colin Hanks, Thomas Kretschmann e Evan Parke. Duração: 187 minutos. Distribuição: Universal.