Durante quase 40 anos, Ray Harryhausen foi sinônimo de impactantes efeitos especiais. Seu completo domínio da técnica de "stop motion” garantiu grandes espetáculos visuais do início da década de 1940 até o início da década de 1980. Quando Harryhausen recebeu um Oscar honorário, em 1992, das mãos de Tom Hanks, este disse "Algumas pessoas falam de Cidadão Kane ou Casablanca. Eu digo que Jasão e o Velo de Ouro é o maior filme já feito”. Dirigido em 1963 por Don Chaffey, a partir de um roteiro de Jan Read e Beverly Cross, inspirado em histórias da Mitologia Grega, Jasão e o Velo de Ouro era também, dentre os muitos trabalhos que realizou, o favorito de Harryhausen. Acompanhamos aqui a saga de Jasão (Todd Armstrong) que depois de retornar para sua casa, após uma ausência de 20 anos, precisa embarcar em uma aventura a fim de encontrar o velo de ouro e com ele reconquistar seu trono. Ele monta uma equipe, da qual faz parte Hércules e sai em busca do mítico artefato. No caminho, muitos perigos ele e seu grupo enfrentam, de um gigante de bronze até esqueletos vivos. Esta sequência, em particular, foi a mais difícil para Harryhausen. Ela dura cerca de três minutos, no entanto, consumiu quatro meses de trabalho árduo. O resultado, ainda hoje, é impressionante. Também conhecido como Jasão e os Argonautas, trata-se de um filme que encantou e assombrou os nascidos entre as décadas de 1950 e 1970 que o viram quando crianças ou adolescentes e guardam desde então boas lembranças daquelas "sessões da tarde” de incríveis aventuras.
JASÃO E O VELO DE OURO (Jason and the Argonauts – EUA 1963). Direção: Don Chaffey. Elenco: Todd Armstrong, Nancy Kovack, Gary Raymond, Laurence Naishmith, Jack Gwillim, Honor Blackman, Patrick Troughton e Nigel Green. Duração: 104 minutos. Distribuição: Netflix.