O sucesso de Blade II abriu as portas de Hollywood para Guillermo del Toro. Ele recebeu então diversos convites, entre eles, a direção de Blade Trinity, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e Alien Vs. Predador. Del Toro recusou todos e optou por um projeto que acalentava há bastante tempo: adaptar a HQ Hellboy, de Mike Mignola. "Na ausência da luz, a escuridão prevalece”. Esta frase é dita por Trevor Bruttenholm (John Hurt) no início do filme e pontua com perfeição a narrativa. Tudo começa no final da Segunda Guerra Mundial. É sabido, ou pelo menos foi bastante explorado pelo cinema, a obsessão de Hitler pelo sobrenatural. Aqui, os nazistas invocam forças ocultas para ajuda-los a vencer o conflito. Um desses rituais é interrompido pelos aliados, que encontram um menino-demônio que tem rabo, chifres e a mão direita feita de pedra. Adotado por Bruttenholm, a ação avança 60 anos e essa criatura é mantida em segredo até que fenômenos bem estranhos começam a acontecer. Dizer que Ron Perlman nasceu para o papel de Hellboy é quase um clichê. A escolha do ator estava nos planos do diretor desde sempre. Hellboy é tudo o que você poderia esperar de um filme de super-herói dirigido por alguém brilhante e criativo como del Toro.
HELLBOY (Hellboy – EUA 2004). Direção: Guillermo del Toro. Elenco: Ron Perlman, John Hurt, Selma Blair, Rupert Evans, Karel Roden, Jeffrey Tambor e Doug Jones. Duração: 122 minutos. Distribuição: Columbia.