Harry Potter e todo o universo e personagens da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts foram criados em 1997 pela escritora britânica J.K. Rowling. A partir de 2001 chegaram ao cinema. Os sete livros escritos por Rowling entre 1997 e 2007, viraram oito filmes lançados entre 2001 e 2011. Chris Columbus dirigiu as duas primeiras adaptações: Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta, respectivamente, em 2001 e 2002. Ambas, apesar de bastante fieis ao material literário, são desprovidas, por incrível que pareça, de magia. Essa falha foi corrigida no terceiro filme da série, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, dirigido em 2004 pelo mexicano Alfonso Cuarón. Felizmente, J.K. Rowling se afastou um pouco das versões cinematográficas, o que deu mais liberdade aos cineastas. O roteiro, adaptado por Steve Kloves, trata da fuga de Sirious Black (Gary Oldman) da prisão de Azkaban. Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) estão de volta e é sensível a melhoria dos três como atores. Há também, como bem disse Cuarón à época do lançamento, hormônios à solta em Hogwarts. Muitos fãs consideram Harry Potter e o Prisioneiro da Azkaban o melhor filme do jovem bruxo. Não se trata, porém, de uma consideração unânime. De qualquer maneira, a mão segura e autoral de Cuarón deu fôlego novo às aventuras de Harry Potter e depois deste terceiro capítulo, tudo ficou melhor. Em tempo: este filme marca a primeira aparição dos Dementadores, seres que sugam a energia vital das pessoas.

HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban – Inglaterra 2004). Direção: Alfonso Cuarón. Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Gary Oldman, Michael Gambon, Maggie Smith, Alan Rickman, Emma Thompson, David Thewlis e Robbie Coltrane. Duração: 140 minutos. Distribuição: Warner.