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EM RITMO DE FUGA

30 nov 2017 às 03:03

O britânico Edgar Wright é um dos mais criativos cineastas de sua geração. Após seu fracassado envolvimento com a Marvel, onde escreveria e dirigiria o filme do Homem-Formiga, criou-se uma grande expectativa em relação ao seu novo trabalho. E ele finalmente chegou. Em Ritmo de Fuga, que ele escreveu e dirigiu em 2017, é seu primeiro trabalho desde Heróis de Ressaca, de 2013 e que fechou a conhecida Trilogia Cornetto, composta por Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso, de 2004 e 2007, respectivamente. O novo filme, que se chama Baby Driver, no original, faz homenagem ao The Driver (Caçador de Morte, feito por Walter Hill, em 1978); e a Drive, realizado em 2011 por Nicolas Winding Refn. Somos apresentados ao jovem Baby (Ansel Elgort), um exímio motorista que ouve música o tempo todo para silenciar um zumbido no ouvido provocado por um acidente quando era criança. Ele trabalha como piloto oficial de fuga dos assaltos planejados por Doc (Kevin Spacey). O roteiro não é nada original. Baby quer mudar de vida. Principalmente depois que se apaixona por Debora (Lily James). Ele aceita fazer um último trabalho antes de sair. É fácil perceber que realmente não há nada de novo em Em Ritmo de Fuga. O que torna este filme especial é a maneira, sem trocadilho, como ele é dirigido. E, principalmente, a perfeita sintonia entre ação e trilha sonora. Wright compõe aqui algo próximo de um musical, no sentido de que a música é parte não só integrante, mas, complementar dos diálogos e do que acontece em cena. Um exercício cinematográfico que encanta os olhos e os ouvidos.

EM RITMO DE FUGA (Baby Driver - Inglaterra/EUA 2017). Direção: Edgar Wright. Elenco: Ansel Elgort, Kevin Spacey, Lily James, Jon Hamm, Eiza González, Jamie Foxx, John Bernthal, CJ Jones e Sky Ferreira. Duração: 112 minutos. Distribuição: Universal.


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