O cineasta inglês radicado nos Estados Unidos John Badham é o que se pode chamar de "pau pra toda obra”. Ele iniciou sua carreira na televisão no início dos anos 1970 e ganhou fama mundial quando dirigiu, em 1977, o megassucesso Os Embalos de Sábado à Noite. Dois anos depois ele realiza este Drácula, que foi escrito por W.D. Richter, a partir da peça teatral de Hamilton Deane e John L. Balderston, que por sua vez se inspira no romance clássico de Bram Stoker. À frente do elenco, o então pouco conhecido Frank Langella, que havia encenado a peça na Broadway. A história é a mesma já vista na versão clássica de 1931, da Universal. A diferença principal é o ano em que ela se passa. Ao invés do final do século XIX, esta acontece na segunda década do século XX. Fora isso, é quase tudo igual. O Conde Drácula (Langella), da Transilvânia, compra terras em Londres, para onde se muda e se apaixona por Lucy (Kate Nelligan), a melhor amiga de Mina (Jan Francis). No original é o contrário. A paixão do conde é por Mina. Então, mortes estranhas começam a acontecer e cabe ao caçador de vampiros Van Helsing (Laurence Olivier) investigá-las. Badham queria inicialmente filmar em preto e branco, para homenagear os clássicos da Universal. Mas terminou filmando em cores, como os filmes da Hammer. Mas o que importa é o resultado. Este Drácula tem estilo e personalidade. Em tempo: coincidentemente, neste mesmo ano foi lançado o Nosferatu, de Werner Herzog, refilmagem do original de 1922 dirigido por F.W. Murnau.
DRÁCULA (Dracula – Inglaterra 1979). Direção: John Badham. Elenco: Frank Langella, Laurence Olivier, Donald Pleasence, Kate Nelligan, Trevor Eve, Jan Francis, Janine Duvitski, Tony Haygarth e Teddy Turner. Duração: 109 minutos. Distribuição: Versátil.