Em se tratando do Universo Cinematográfico Marvel, que conta hoje com pouco mais de 20 filmes, como você insere uma personagem importante que já deveria ter aparecido há pelo menos uns 15 filmes antes? Isso aconteceu com a Capitã Marvel, que foi introduzida em um filme-solo no começo de 2019, 11 anos depois do início do MCU. Com direção do casal Anna Boden e Ryan Fleck, que também escreveu o roteiro, junto com Geneva Robertson-Dworet, nos leva de volta aos anos 1990 e nos apresenta Vers, ou melhor Carol Danvers (Brie Larson), uma ex-agente da Força Aérea dos Estados Unidos que faz parte do exército Kree e volta à Terra perseguindo os inimigos Skrull, uma raça de metaformos. Parece até um pouco confuso e cheio de informação, mas, funciona muito bem no filme. E neste contexto, muitos eventos futuros do MCU têm sua origem explicados aqui, em especial, os ligados à SHIELD e ao seu chefe, Nick Fury (Samuel L. Jackson), que aparece bastante rejuvenescido e sem o tapa-olho. E não é que o que parecia impossível, ou pelo menos, muito difícil, de encaixar peças soltas dentro de uma grande história já próxima do final, se sai bem-sucedida. Capitã Marvel, que faturou mais de um bilhão de dólares nas bilheterias mundiais foi o último filme com a participação de Stan Lee, que faleceu durante a montagem. Em sua homenagem, a linda vinheta de abertura da Marvel lhe presta tributo.
CAPITÃ MARVEL (Captain Marvel – EUA 2019). Direção: Anna Boden e Ryan Fleck. Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Jude Law, Clark Gregg, Ben Mendelsohn, Lashana Lynch e Annette Bening. Duração: 124 minutos. Distribuição: Buena Vista.