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BERGMAN: 100 ANOS

05 mai 2020 às 09:05

Se o ano de 1939 é considerado o "ano de ouro de Hollywood”, definitivamente, o ano de 1957 é o "ano de ouro de Ingmar Bergman”. E é deste ano em particular que trata o documentário Bergman: 100 Anos, realizado em 2018 pela diretora Jane Magnusson em comemoração ao centenário do cineasta sueco. Porém, o título nacional, que tira proveito da data comemorativa, não traduz corretamente o original que seria Bergman: Um Ano na Vida. O ano em questão é o já citado 1957. Foi nesse período de 12 meses que o cineasta lançou dois de suas mais icônicas obras, O Sétimo Selo e Morangos Silvestres. Além disso, ele dirigiu seu primeiro telefilme, quatro peças de teatro e ainda iniciou as filmagens de outros dois longas. Com farto material de arquivo, além de inúmeros depoimentos de atores, atrizes, críticos, colaboradores e historiadores, Magnusson, que já havia antes realizado dois trabalhos de fôlego sobre o diretor, traça aqui um painel dos mais precisos sobre um artista genial, obsessivo, de difícil temperamento e que mudou o cinema para sempre ao retratar a alma humana com profundidade e precisão. Bergman: 100 Anos nos apresenta um homem em sua plenitude criativa. E, felizmente para nós, essa plenitude perdurou por toda sua carreira.

BERGMAN: 100 ANOS (Bergman: Ett Ar, Ett Liv – Suécia 2018). Direção: Jane Magnusson. Documentário. Duração: 117 minutos. Distribuição: Imovision.


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