A vilã/anti-heroína Arlequina pertence ao universo do Batman, porém, não surgiu nas histórias-em-quadrinhos e sim na série animada do Homem-Morcego, onde foi criada. Em 1992, por Paul Dini e Bruce Timm. No cinema, ela apareceu pela primeira vez em Esquadrão Suicida, de 2016, e fez muito sucesso, apesar de o filme ter sido massacrado. Isso fez com que ela ganhasse uma aventura-solo e tivesse o protagonismo neste Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa. Dirigida por Cathy Yan, a partir de um roteiro de Christina Hodson, temos Margot Robbie novamente no papel da ex-namorada do Coringa e que se junta à policial Renée Montoya (Rosie Perez) e à Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell) para salvar a jovem Cassandra Cain (Ella Jay Bosco) do perigoso Máscara Negra (Ewan McGregor). A questão de "empoderamento” feminino se faz presente aqui. Seja na equipe criativa ou de atuação, predominantemente composta por mulheres. A premissa do roteiro também destaca a união de força entre as "meninas”. E a diretora Cathy Yan faz bom uso disso, em especial, quando abre espaço no meio de uma cena de luta para que uma delas entregue um prendedor de cabelo para a outra. A trama tem um início promissor ao focar na aparente confusão mental de Arlequina, que nos conta a história. No entanto, isso não perdura o filme todo, o que se revela uma pena, já que poderiam ter tirado um grande proveito disso.
AVES DE RAPINA: ARLEQUINA E SUA EMANCIPAÇÃO FANTABULOSA (Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn – EUA 2020). Direção: Cathy Yan. Elenco: Margot Robbie, Rosie Perez, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollett-Bell, Ewan McGregor, Ella Jay Basco, Chris Messina e Ali Wong. Duração: 109 minutos. Distribuição: Warner.