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AGONIA E ÊXTASE

18 nov 2016 às 09:09
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Em meados da década de 1960, mesmo após o fracasso de Cleópatra, a Fox ainda insistiu em uma superprodução. Mas o que poderia dar errado? Afinal, à frente do elenco estava Charlton Heston, o ator mais popular da época, vivendo aqui o papel de Michelangelo, um dos maiores artistas de todos os tempos. Na direção, o competente Carol Reed e um roteiro de Philip Dunne que tinha por base o livro homônimo de Irving Stone. Agonia e Êxtase tem como foco o duelo entre Michelangelo e o papa Júlio II (Rex Harrison) durante o período em que o artista foi contratado pela igreja para pintar o teto da Capela Sistina. O duelo em questão decorreu da difícil relação que se estabeleceu entre o contratante e seu contratado. Como se pode ver, elementos não faltavam para transformar Agonia e Êxtase em um sucesso. No entanto, o filme amargou um fracasso que não estava previsto. Talvez ele estivesse fora de seu tempo. O mundo passava por grandes transformações naquele período e esse modelo de produção não atendia mais às expectativas do público. Seja como for, o tempo se encarregou de colocar esta obra em seu devido lugar. E hoje podemos apreciá-la por suas qualidades e com o devido distanciamento histórico.

AGONIA E ÊXTASE (The Agony and the Ecstasy – EUA 1965). Direção: Carol Reed. Elenco: Charlton Heston, Rex Harrison, Diane Cilento, Harry Andrews, Alberto Lupo, Adolfo Celi, John Stacy, Fausto Tozzi, Maxine Audley e Tomas Milian. Duração: 134 minutos. Distribuição: Fox.

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