Howard Hawks, um dos grandes mestres do cinema americano, tinha apenas quatro anos de carreira quando dirigiu A Patrulha da Madrugada, seu nono filme. Naquela época era comum um cineasta dirigir dois ou três obras por ano. Não foi diferente com ele. Com roteiro dele próprio, escrito junto com Dan Totheron e Seton I. Miller, a partir de uma história de John Monk Saunders, que ganhou o Oscar de melhor história original (uma categoria que existiu, além da de roteiro, de 1929 até 1956). A ação aqui gira em torno dos aviadores Courtney (Richard Barthelmess) e Scott (Douglas Fairbanks Jr.). Eles fazem parte da Força Aérea Inglesa e lutam na Primeira Guerra Mundial. Chefiados pelo Major Brand (Neil Hamilton), os dois não mantém uma boa relação com o comandante. E tudo se complica com a entrada em cena do Barão Vermelho e o esquadrão de elite dos alemães. Hawks, que havia pilotado aviões na Primeira Guerra, conhecia muito bem o que mostrar e como mostrar. E faz isso com maestria, principalmente, no terço final do filme. Oito anos depois, praticamente sem mudança alguma, esta história foi refilmada por Edmund Goulding tendo Errol Flynn, David Niven e Basil Rathbone nos papéis que foram de Barthelmess, Fairbanks e Hamilton.
A PATRULHA DA MADRUGADA (The Dawn Patrol – EUA 1930). Direção: Howard Hawks. Elenco: Douglas Fairbanks Jr., Richard Barthelmess, Neil Hamilton, Frank McHugh, Clyde Cook, James Finlayson e Gardner Jones. Duração: 108 minutos. Distribuição: Warner.