Nascido na Escócia, Frank Lloyd começou carreira no entretenimento atuando e cantando nos palcos londrinos. Em 1909, ele imigrou para o Canadá e continuou trabalhando como ator. Em 1913, Lloyd assinou contrato com a Universal e mudou para Hollywood onde, no ano seguinte ele deixou de atuar e passou a escrever e dirigir filmes. Atividade que durou pouco mais de 40 anos e durante a qual fez mais de 130 filmes, entre eles, este A Divina Dama, de 1929 e que lhe rendeu o primeiro dos dois prêmios Oscar de melhor diretor que recebeu. Com roteiro de Forrest Halsey e E. Barrington, a trama se inspira em uma história real e nos apresenta Emma Hart (Corinne Griffith). Ela é filha da cozinheira da casa de Charles Greville (Ian Keith), que se apaixona por Emma. De olho na fortuna de seu tio, William Hamilton (H.B. Warner), Charles tem receio de ao assumir o romance colocar em risco sua herança e envia a jovem para a casa de William, que termina por se casar com ela. E Emma, por sua vez, se envolve romanticamente com um herói de guerra, o Almirante Horatio Nelson (Victor Varconi). Pelo resumo apresentado, tudo pode parecer confuso nesse, digamos assim, quadrilátero amoroso. Porém, A Divina Dama é uma pequena joia do cinema mudo. Divertido, intrigante, romântico e envolvente.
A DIVINA DAMA (The Divine Lady – EUA 1929). Direção: Frank Lloyd. Elenco: Corinne Griffith, Victor Varconi, H.B. Warner, Ian Keith, Marie Dressler e Montagu Love. Duração: 99 minutos. Distribuição: Warner.