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A CONQUISTA DA HONRA

26 jun 2020 às 15:12

Quando o livro Flags of Our Fathers, algo como As Bandeiras dos Nossos Pais, escrito por James Bradley e Ron Powers foi publicado, no ano 2000, o cineasta Clint Eastwood quis transformá-lo em um filme. Porém, quando tentou comprar os direitos de adaptação para o cinema eles já haviam sido vendidos para Steven Spielberg, que contratou William Broyles Jr. para escrever o roteiro. Como não ficou satisfeito com o resultado, Spielberg guardou o projeto e em 2004, quando encontrou Eastwood em um jantar, este perguntou se ele ainda tinha interesse na obra. Resultado: Spielberg assumiu a produção, Eastwood a direção e Paul Haggis fez ajustes no roteiro. A Conquista da Honra, título nacional bem genérico, foi lançado em 2006 e conta a história de cinco fuzileiros e um integrante do corpo médico da Marinha que erguem a bandeira americana no monte Suribachi, na ilha de Iwo Jima, no Japão, em fevereiro de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. A imagem ganhou o mundo e serviu de forte e triunfal propaganda para os Estados Unidos. Eastwood questiona a manipulação feita pelos governos quando um fato se transforma em algo de grande apelo sentimental e vira um ícone favorável aos interesses do Estado. Para fazer o contraponto, na sequência, produtor e diretor realizaram Cartas de Iwo Jima, que conta a mesma história, só que do ponto de vista dos japoneses. O ideal, portanto, é assistir aos filmes um depois do outro.

A CONQUISTA DA HONRA (Flags of Our Fathers – EUA 2006). Direção: Clint Eastwood. Elenco: Ryan Phillippe, Jesse Bradford, Adam Beach, John Benjamin Hickey, John Slattery, Barry Pepper, Jamie Bell, Paul Walker, Robert Patrick, Neal McDonough, Chris Bauer e Tom McCarthy. Duração: 135 minutos. Distribuição: Warner/Globoplay.


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