O cineasta americano John Carpenter vinha do grande sucesso de Halloween, de 1978, que nos apresentou a icônica personagem de Mike Myers e revelou a atriz Jamie Lee Curtis, filha do casal Tony Curtis e Janet Leigh. O aguardado longa seguinte foi este A Bruma Assassina, feito dois anos depois. Com roteiro do próprio Carpenter, junto com a produtora Debra Hill, somos levados a Antonio Bay, uma comunidade pesqueira na Califórnia. No dia de seu centenário, o lugar é coberto por uma estranha névoa brilhante. Stevie Wayne (Adrienne Barbeau), dona e operadora da rádio local, percebe que tem algo estranho acontecendo e alerta a população. "Tudo aquilo que vemos ou nos parece nada mais é do que um sonho dentro de um sonho”, esse verso de um poema de Edgar Allan Poe é citado na abertura e prepara o terreno para os eventos que se seguirão. A trama é desenvolvida a partir de núcleos de personagens como o do padre Malone (Hal Holbrook), o do de Elizabeth Solley (Jamie Lee Curtis) e Nick Castle (Tom Atkins) e o da radialista. Carpenter, também autor da trilha sonora, conduz sua narrativa de maneira segura e envolvente. Não é isso o que você espera de um filme de terror? Em tempo: o diretor faz uma ponta, bem no início, como Bennett, ajudante do padre na igreja.
A BRUMA ASSASSINA (The Fog – EUA 1980). Direção: John Carpenter. Elenco: Adrienne Barbeau, Jamie Lee Curtis, Janet Leigh, John Houseman, Tom Atkins, James Canning, Charles Cyphers, Nancy Loomis e Hal Holbrook. Duração: 89 minutos. Distribuição: Versátil.