Não é de hoje que a escassez de bons roteiros em Hollywood tem feito com que os estúdios corram atrás dos filmes estrangeiros, principalmente os franceses, e comprem seus direitos para refilmagem. A Assassina não fugiu à regra. Versão americana de Nikita: Criada Para Matar, escrito e dirigido por Luc Besson em 1990. Em praticamente todas as seqüências, ele parece mais uma cópia do que uma versão. A partir de um roteiro adaptado por Robert Getchell e Alexandra Seros, o diretor John Badham ficou encarregado de "americanizar" a punk francesa que virava assassina de elite. Bridget Fonda, filha de Peter, sobrinha de Jane e neta de Henry, ficou com o papel título. Ela não tem o mesmo olhar estranho e distante de Anne Parillaud, a Nikita original, mas maneja armas de forma mais arrojada. Maggie, ou melhor Claudia, ou melhor ainda, Nina (Fonda) é uma ladra de bancos drogada que é presa pela polícia e dada como morta. Cai nas mãos de uma agência de assassinos profissionais semigovernamental e transforma-se no que há de melhor na arte de matar. Depois de um intenso treinamento em artes marciais, tiro ao alvo, computação e, pasmem, etiqueta, a nova aluna da "academia" está pronta. Os problemas começam quando ela se apaixona por um carinha meio sem sal que conhece em um supermercado. Segundo os produtores, A Assassina foi feito porque o original era muito bom e não fez sucesso nos Estados Unidos por causa da famosa preguiça que o público americano tem de ler legendas. Então, o raciocínio foi bastante simples: "Vamos passar tudo para inglês."
A ASSASSINA (Point of No Return – EUA 1993). Direção de John Badham. Elenco: Bridget Fonda, Gabriel Byrne, Dermot Mulroney, Anne Bancroft, Miguel Ferrer e Harvey Keitel. Duração: 109 minutos. Distribuição Warner.