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Circulação digital de jornais ainda é incipiente
Alexandre Zaghi Lemos
Embora timidamente, tem crescido a circulação das edições digitais dos poucos jornais brasileiros que oferecem esta modalidade de assinatura, que pressupõe a digitalização de todas as páginas do jornal impresso, incluindo os anúncios. Seus usuários podem ler as edições diárias na tela do computador, como se estivessem folheando os jornais. Portanto, não se trata da reprodução online do conteúdo impresso nos sites das publicações, o que contribui para a audiência da internet, mas não para a circulação digital.
Assim como no caso das versões impressas, a medição da circulação digital paga é feita pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), que já divulga números de quatro diários. Os dados mais relevantes são os do Estado de Minas, cuja circulação digital já responde por 5,8% do total, atingindo 4.676 em fevereiro - alta de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Nos demais jornais auditados, a representatividade da circulação digital ainda é inferior a 0,5%. Os dados de fevereiro deste ano mostram O Globo com 1.090, O Estado de S.Paulo com 461 e Jornal da Tarde com 83 assinaturas digitais. Nos dois últimos, que já eram auditados em fevereiro de 2008, o avanço foi de 6,2% e de 5%, respectivamente.
A mais nova adesão a esta modalidade de auditoria é a do jornal Correio do Estado, do Mato Grosso do Sul, que ainda não tem dados disponíveis.
Cálculo do IVC mostra que as edições digitais responderam por 0,15% da circulação total dos jornais filiados ao instituto em fevereiro.
De acordo com pesquisa realizada neste mês pela International Federation of Audit Bureaux of Circulations (IFABC), órgão que reúne as entidades oficiais responsáveis por auditoria de mídia em todo o mundo, a participação das edições digitais chega a 3% na Suíça, gira em torno de 1% na Inglaterra, está na faixa de 0,5% na Dinamarca e em 0,3% na Polônia.