Beirada nipônica

Uma festividade que só podia dar certo aqui

07 abr 2010 às 04:26

O Japão possui uma das menores taxas de natalidade do mundo. Faltam crianças para dar continuidade à vitalidade do país. Força de trabalho, mudanças sociais que somente os jovens sabem fazer.
Nos bairros residenciais onde as crianças deveriam ser maioria, resta um silêncio de doer os ouvidos. Parques vazios e até escolas fechando.
Tanto homens como mulheres adiam o casamento do jeito que podem e ambos possuem razões de sobra para não quererem filhos. O custo para manter um moleque estudando é caríssimo e vira e mexe aparecem propostas governamentais para resolver o problema. Para mim é simples resolver tudo isso. Eliminam-se a obrigatoriedade dos uniformes, cobrem pelos alugueis das instalações esportivas para terceiros, permitam utilizar qualquer agasalho e tênis nas aulas de educação física e pronto. Trinta por cento dos gastos estarão cortados. Para vocês terem uma idéia do quanto pesa no bolso essas bobagenzinhas, vou dar um exemplo: o uniforme completo de um aluno que ingressa no colégio de uma escola estadual, veja bem, estadual, é de aproximadamente 450 mil ienes. Isso significa que são quase 4.500 dólares só de uniforme. Não entra nessa conta nenhum outro apetrecho como tênis, agasalhos esportivos, mala, blusas de frio, etc. É só a roupa básica e pronto.
Agora entenderam porque ninguém quer filhos por esses lados. Mesmo assim, o festival da fertilizadade é interessante ou pelo menos divertida. Tem gente que faz pedidos, outros querem tirar uma foto ao lado da "bigulinho".
O melhor de tudo é para quem quer engravidar e não consegue. Aí podem ficar sonhando com todas "aquelas coisas".


Continue lendo