Beirada nipônica

Tudo na maior cerimônia

24 nov 2010 às 04:32

Dizem que a economia japonesa está em crise há anos. No meu dia a dia não percebo nenhuma crise porque sempre pego fila quando vou ao supermercado, os restaurantes estão sempre cheios e os parques temáticos lotados.
Agora a crise existe mesmo é entre os homens e as mulheres. Um grande pesquisa revelou que as mulheres não fazem mais questão de casarem e os homens também preferem adiar algum compromisso mais sério. Ambos alegam essa bendita economia descrescente que teimo em não ver.
Outra crise está afetando também os casados. Por tradição e cultura, o Japão é um país para homens. Aqui são eles que possuem a incumbência de trazer dinheiro para dentro de suas casas, e para isso, trabalham muito e são obrigados a puxar o saco dos chefes e superiores. Todo esse desgaste é recompensado pelo "happy hour" semanal, muitas vezes até diário. Frequentar "snack bar" recheado de acompanhantes também pode, afinal tudo é permitido quando se fala em prover um lar. A ausência do marido faz com que as mulheres fiquem com a educação dos filhos, os afazeres domésticos e muitas com o trabalho formal. Muitos homens chegam em casa apenas para dormir, cheirando álcool e terno desalinhado.
Toda essa sobrecarga para cima da companheira tem acarretado problemas e a consequente separação.
Para não deixar passar em branco, a separação é acompanhada de uma cerimônia onde o casal literalmente amassa o anel com um martelo na presença de convidados. É o ato simbólico da separação total porque o oficial é feito outro dia seguindo os métodos convencionais de assinar os papéis.
A moda da cerimônia para separação pegou e o seu invertor corre o sério risco de ficar rico.

Cerimônia de separação


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