Vou fazer uma coisa diferente. Escreverei um pequeno resumo das situações que envolveram ou não, brasileiros. Serão notícias "leves" só para o leitor do Beirada Nipônica poder acompanhar alguns acontecimentos.
Então lá vai:
- Um relatório divulgado pelo Ministério da Justiça diz que 20.520 brasileiros deixaram o Japão no ano passado. Foi a maior redução entre todas as comunidades estrangeiras. Os brasileiros ocupam a terceira posição com 210.032 pessoas. Os chineses lideram com 674.871 indivíduos, seguido dos coreanos com 545.397 pessoas.
- Nas áreas atingidas pelo terremoto de 11 de março (Iwate, Miyagi e Fukushima) o número de estrangeiros diminuiu 14.3% e chegou a 28.828 pessoas. A queda foi de 15.5% em Iwate, 13.2% em Miyagi e de 15.1% em Fukushima. Em todo o país a queda foi de 2.6% e gira em torno de 2.070.480. Foi o terceiro ano consecutivo de diminuição dos estrangeiros.
- Segundo a Jiji Press, o governo japonês através das agências de turismo lançará uma campanha para expressar gratidão aos turistas estrangeiros que visitaram o país após o terremoto. A mensagem de agradecimento será através de cartões, panfletos, folhetos e vídeos exibidos entre início de março e final de abril. O logotipo será a flor de cerejeira que é um símbolo nacional sobre um círculo vermelho que representa a bandeira do país.
Um vídeo também será exibido no Times Square em Nova York.
- Após 10 anos, brasileiros deixam o topo do ranking de criminalidade estrangeira. Cinquenta e quatro jovens brasileiros entre 14 e 19 anos foram julgados por delitos no primeiro semestre do ano passado. Especialistas acreditam que a queda se deve ao à crise econômica que atinge o país desde 2008 quando muitos conterrâneos retornaram ao Brasil.
- Aumentam casos de casamentos falsos entre estrangeiros para requererem o visto de permanência. Segundo a polícia os casamentos falsos chegaram a 26.1% o que representa 193 casos. Em compensação diminuíram os casos de violações à leis de imigração e do Código Penal. Por nacionalidade os principais delinquentes são os chineses, sul coreanos e filipinos.
- Governo japonês concede visto para casal gay onde um dos parceiros é brasileiro. O ex-militar Emerson Kanegusuke, que esteve no Japão como dekassegui, recebeu visto diplomático por ser casado oficialmente com o cônsul-geral dos Estados Unidos em Osaka-Kobe, Patrick Joseph Linehan. O casal se conheceu durante a Copa do Mundo de 2022 e oficializaram a união no Canadá. A solicitação do visto foi soliticado pelo governo dos Estados Unidos.
- Universidade de Tóquio abre um escritório na India para tentar atrair estudandes da área de tecnologia. Apesar do grande prestígio interno, a Universidade de Tóquio é pouco conhecida no exterior. Como a Universidade está atrasada no processo de globalização, o setor de marketing está correndo atrás do prejuízo.
- Alta radiação nas zonas de evacuação em Fukushima. O Ministérios do Meio Ambiente detectou níveis de radiação acima do aceitável em algumas cidades. O governo japonês estabeleceu uma zona de evacuação de 20 quilômetros de raio da usina atômica de Fukushima. A cidade com a mais alta radiação foi Futaba que fica a 19 quilômetros da unsia.
- Primeiro Ministro Yoshihiko Noda está em negociação com o governo de Okinawa para tratar da transferência da base militar de Futenma que fica numa região central e altamente povoada para uma região mais ao litoral. Como o plano de mudança sofre forte oposição da população local, o ministro precisará de ótimos argumentos para convencer os envolvidos. As ilhas de Okinawa abrigam cerca de 48 mil militares que os Estados Unidos mantém no Japão.
- Brasileiro de 33 anos é suspeito de participar de roubo de casas. Está sendo acusado de envolvimento em quase 90 casos juntamente com outros conterrâneos e um japonês. As peças roubadas eram vendidas em lojas de reciclagem. Segundo a polícia de Gunma, o valor dos roubos pode chegar a 30 milhões de ienes.
- O Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia diz que houve aumento do "bullying" o famoso "ijime" de 6.7% nas escolas japonesas em relação a 2009. As autoridades acham que esses números devem ser maiores porque algumas instituições de ensino omitem casos de agressões para evitar problemas legais. O total de crianças que ficaram fora da escola por mais de 30 dias, sem que o motivo fosse doença, foram de 119.81 pessoas. No Japão não existem analfabetos e seu ensino está entre os melhores do mundo. Isso mostra que não é falta de estudos que deixa o pessoal ignorante. A cultura tem valor de destaque quando analisamos a população de maneira mais abrangente.
Miséria no Japão