Depois de muito tempo fui trabalhar de trem, como quase todo japonês. Achava que poderia descansar um pouco mais durante o trajeto. Mesmo com uma bolsa pesada, fui de trem. Na volta, após os treinos, é que percebi que não valia a pena.
Comecei a pedir carona para o pessoal e, por sorte, Nakayama iria passar bem perto de casa. No trajeto do vestiário para o estacionamento ele foi me dizendo que havia comprado um carro novo e coisa e tal. Eu não liguei muito porque aqui todo mundo troca de carro a toda hora. Pensei que ele havia adquirido um Land Rover ou um Fairlady, bastante comum entre os boleiros.
Me surpreendi quando ví o carro esportivo para duas pessoas com um projeto bem moderno. Mesmo não sendo fã de carro nenhum, confesso que cheguei a ficar empolgado para dar uma volta na máquina.
Nakayama encostou sua digital na porta, apertão um botão para ligar o motor e eu fiz algumas manobras pelo grande estacionamento, que aquela hora estava quase vazio.
Foi uma beleza, deu para sentir a força de muitos cavalos no motor e perceber que o esportivo possuia boa estabilidade.
E lá fui eu com empolgação de adolescente para casa depois de um treino forte embaixo de uma calor terrível. Num instante de loucura pensei até em comprar um, mas acho que meus filhos não iriam querer andar tão apertados.
Achei o Eclipse tão legal que fiquei com voltade de compartilhar com vocês um pouco daquela empolgação que senti.
Imagino que alguns modelos similares já estejam rodando pelas ruas do Brasil, mas igualzinho ao desse meu amigo, não tem.
Já escrevi várias vezes, mas não custa repetir. Não sou sócio ou acionista de nenhuma montadora.
Eclipse Coupe