Beirada nipônica

Homari Sawa foi maior que o terremoto

12 jan 2012 às 20:55

Escrevi anteriormente que o fato do Japão vencer a Copa do Mundo de Futebol Feminino na Alemanha foi um dos maiores eventos no ano passado.
Além de levantar a moral do povo que andava abalado com o terremoto em Fukushima, mudou completamente a visão que a população tinha sobre o esporte. Se antes quase ninguém dava a mínima para o futebol feminino, hoje elas estão na boca do povo. Não passa um dia sequer sem que apareça uma notícia relacionado ao evento e às atletas.
Homare Sawa, capitã do selecionado foi eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA e o melhor treinador também foi o japonês Norio Sasaki.
Sawa foi escolhida a melhor do mundo por sua grande capacidade de unir e organizar o grupo. Em especial, no Mundial da Alemanha, ela também marcou gols decisivos, mas o grande mérito da meio campista foi sua entrega em prol do time, correndo o campo inteiro, orientando as mais jovens e exercendo uma liderança silenciosa, pouco vista nos tempos atuais.
Norio Sasaki foi o grande líder fora das quatro linhas. Sempre discreto e calmo, soubo tirar o máximo do grupo nos momentos importantes. Trouxe para sí as responsabilidades mais extremas, permitindo que as atletas ficassem livres da natural carga de tensão que ocorre num evento desse tipo.
O que faz também Sawa uma grande personalidade é sua postura fora dos campos. Diz sem floreios que a maior alegria da conquista foi passar um sonho de vida para as crianças. Deixa aceso a chama da esperança.
Já Norio Sasaki diz que o futebol é uma grande brincadeira que deve ser encarada de maneira séria, em respeito aos que pagam ingressos. Era para ser campeão, não é mesmo?

Relembre alguns momentos


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