A bruxa anda solta e este ano as catástrofes estão mais frequentes. Terça-feira, 22, o terremoto foi na Nova Zelândia. Até agora encontraram quase 100 pessoas mortas e muitos desaparecidos.
O Japão enviou uma equipe especializada em terremotos e toda a tecnologia disponível, incluindo cães farejadores e o famoso robô que possui um fino cabo com uma luz fortíssima na ponta que penetra entre os escombros procurando vidas e transmitindo as imagens para um monitor.
No maior prédio destruido encontravam-se vários estudantes japoneses, a maioria da província de Toyama. Eram alunos interessados em intercâmbios culturais e o retorno estava marcado para o final de março. De um total de 24 pessoas, dezoito ainda não haviam sido encontradas.
Japoneses são, talvez, os maiores especialistas em terremotos do mundo. As casas são construídas com estrutura de madeira e as paredes são duas finas tábuas preenchidas com lã de vidro utilizados como isolante térmico. Os prédios mais modernos são levantados sobre molas, fixas em alicerces profundos para suportar a trepidação.
Aqui estamos acostumados a ver a terra tremer e podemos até dizer que estamos acostumados com a situação. O que não passava pela cabeça de ninguém é que essa gente que cresceu sentindo tremores fossem perder a vida num terremoto fora do Japão. É aquele negócio... quando tiver que ir, vai mesmo e pronto. Não tem explicação, não tem lógica.
Abaixo, um pouco das imagens da tragédia que destrui a cidade de Kobe. O terremoto aconteceu em janeiro e eu estive lá em março, quando tudo ainda estava no chão e as pessoas se abrigavam em barracas de lona levantadas em qualquer parquinho ou esquina. Assistam o vídeo e entenderão porque digo que os japoneses são "doutores" no assunto.
Terremoto em Kobe