Eu acho a coisa mais estranha ter um dia para comemorar o Brasil no Japão e ainda por cima o anúncio estar escrito em inglês. Não sei qual o propósito dessa festa toda e nem quem as organizou, mas prefiro, na minha inocência, acreditar que o título foi para atrair mais participantes de outros países. Já pensou escrever "Dia do Brasileiro no Japão" e só aparecem brasileiros porque ninguém entendeu o que está escrito?
Pois é, o dia para mostrar a velha capoeira, os batuques e rebolados, um sambinha ou pagode, algumas camisas da seleção e os shortinhos ousados pode estar escrito em qualquer língua desde que apareçam gringos para verem um pouco da nossa cultura. E olha que apareceu de montão.
No "boca a boca" disseram que haviam mais americanos, chineses, coreanos, australianos e de outras nacionalidades do que brasileiros. E acho que deve ser verdade porque o calor estava forte e como a cultura é cultura e são sempre as mesmas, a brasileirada preferiu curtir o fim de semana em outros cantos como uma escalano no Fuji ou em algum teatro Kabuki.
Teve desfile de escolas de samba, rodas de capoeira, batuque, Kid Abelha e Serginho Groissman.
Na parte gastronômica o Parque de Yoyogi ficou cheio de barracas de churrasquinhos, pastel, coxinha, sarapatel, acarajé e para matar a sede guaraná, água de côco e caldo de cana. Ah, soube também que teve churrasco grego, abacaxi gelado e melancia. Uma Brazilian Day não é mesmo?
Acho legal essas comemorações e festas, mas estou cansado de ver sempre a mesma coisa. Os críticos já chegam batendo dizendo que é lógico, pois você é brasileiro etecetera e tal. Eu falo que não estou cansado de samba ou coxinha, eu só estou cansado de ver sempre o mesmo samba e comer sempre a mesma coxinha.
O mundo muda, o Brazilian Day também pode mudar.
No parque de Yoyogi