Beirada nipônica

Aumentos de mendigos no Japão

22 mai 2010 às 23:44

Não entendo quase nada de economia, bolsa de valores, balança comercial e outros termos utilizados pelos setores financeiros. O que eu sei é apenas o que o cotidiano me mostra.
Sabemos que o Japão, a segunda economia do mundo, passa por sérios problemas econômicos há anos.
Segundo dados do Ministério do Trabalho existem mais de 20 milhões de pessoas vivendo na linha da pobreza. Ser pobre por aqui significa ganhar 22 mil dólares por ano para uma família de quatro pessoas. Estudos dizem que os pobres dobraram na década de 90, quando começou a estagnação econômica. Mais de 80% são trabalhadores que recebem salários baixos ocupando vagas temporárias que não oferecem segurança nem benefícios sociais. Possuem dinheiro para comer, mas ficam sem diversão. Muitos possuem celulares e carros, mas vivem excluidas do resto da sociedade.
Uma em cada sete crianças já vive na pobreza e o governo passou a oferecer pagamentos mensais de 270 dólares, além de diminuir os custos do ensino médio.
Ouço comentários de que muitas famílias deixaram de pagar o almoço fornecido nas escolas, não permitem que seus filhos participem das atividades extracurriculares e que muitas crianças passaram a viver recolhidas em suas casas para não despertar suspeitas. Vocês sabem, os japoneses gostam de viver discretamente e só pedem ajuda em último caso. Pela aparência não sabemos que e pobre, médio ou rico.
Os pobres dizem que o maior problema que enfrentam não é falta de dinheiro ou perspectivas. É encontrar alguém para conversar e abrir seus corações.
Nesses anos todos concluí que temos dois tipos de pobres: o que não tem dinheiro para se incluir na sociedade e os pobres de espíiritos que ignoram e finjem que nada está acontecendo.

Dá uma olhadinha no vídeo abaixo.


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