Beirada nipônica

Assim, até eu jogo

18 jun 2010 às 09:43
Todo mundo sabe que o japonês não é lá muito expansivo. As regras, a hierarquia, o "ijime" enraizado por toda a sociedade, as regras nas entrelinhas, o silêncio cauteloso, tudo isso num só povo.
Mas quando chega a Copa do Mundo, apesar do time fraco e sem graça, o pessoal sai para comemorar. E posso afirmar que nem vinte por cento sabe o que está acontecendo na partida. É aquele negócio de seguir a boiada, de acompanhar o amigo mais futebolista, de fazer parte da turma. Aí, todo mundo compra a camisa da seleção (que não é nada barato), cola uma bandeirinha no rosto e sai gritando, exigindo gols, chorando e implorando por uma vitória.
Nesta época o pessoal deixa de lado (só um pouquinho) a serenidade a sizudes e sorri.
Mas bom mesmo é que a torcida por aqui vai melhorando de ano para ano, melhor dizendo, de Copa para Copa. Posso assegurar que quase metade da torcida é composta por mulheres. Isso mesmo que você leu. Mulheres!
Elas aderiram de tal forma que dá até vontade de montar uma equipe. Aqui elas são melhores do que eles e estão em melhor colocação no ranking da FIFA.
A torcida que vejo pelas ruas nos dias dos jogos, nos bares com os telões são quase todas formadas pelas mocinhas. As energias que emanam devem ser espetaculares porque o Japão venceu seu primeiro compromisso contra os Camarões causando a primeira grande zebra da competição.
Essas meninas devem ser feras e se a torcida continuar assim, acho que até eu volto a jogar futebol novamente.
É, nesse país as coisas são diferentes mesmo.

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