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A rebeldia do tufão Roke

28 set 2011 às 02:24
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Mesmo sabendo que tudo já foi dito, vou deixar registrado no Beirada Nipônica o estrago que o tufão Roke fez por aqui.
Já escrevi uma par de vezes de que não gosto muito de falar em catástrofes, mas acho que preciso começar a rever algumas convicções.
Quando começaram a anunciar que o Roke iria chegar ao Japão eu nem me incomodei porque todos os anos acontece a mesma coisa. Só que dessa vez houveram estragos e mortes acima do esperado.
As regiões mais castigadas foram as províncias de Wakayama e Nara onde morros deslizaram matando um montão de gente. Rios transbordaram e muitas indústrias paralizaram suas produções para proteger os trabalhadores. Numa delas, uma mulher brasileira foi levada pela enxurrada e ainda não foi encontrada. As informações são de que ela tinha 35 anos e quatro filhos. No dia do tufão ela e mais um colega tentaram atravessar a ponte para irem trabalhar, caíram numa abertura e foram arrastados pelas água. O amigo foi resgatado, ela sumiu. Um menino de 8 anos também foi levado pela correnteza quando retornava da escola. Foi encontrado morto em seguida.
Mais de um milhão de pessoas foram evacuadas do centro de Nagoya, a cidade de Hamamatsu quase afundou e Tóquio também recebeu uma descarga de ventos e águas sem precedentes.
O que me intriga nessa coisa toda é porque as pessoas não ficam em casa quando sabem que um tufão se aproxima. Enfim, não tenho como consertar o mundo. Mas se tivesse poder para tal, colocaria um pouco mais de bom senso na cabecinha de muitos. Descobri a roda... é o bom senso que está escasso.

Tufão Roke

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