Beirada nipônica

A ocasião faz o ladrão A ocasião faz o ladrão

28 set 2014 às 10:08

Não sei se todos concordam com o título deste post, mas o que aconteceu nos Jogos Asiáticos deste ano realizado na Coréia do Sul, na cidade de Incheon mostra que o ser humano é um bicho para lá de esquisito.
O Japão é um dos países mais tecnológicos do mundo, por isso, adquirir esses tipos de equipamentos é bem fácil por aqui. Acho que existem pouquíssimos japoneses que não tenham acesso às facilidades que o país oferece no quesito "chips e cia."
Por isso, não dá para entender o que levou Naoya Tomita, nadador da seleção japonesa, medalha de ouro nos 200m peito em Guangzhou em 2010 e quarto colocado nos 100m peito em Icheon 2014 a roubar uma máquina fotográfica de um jornalista sul coreano.
Descoberto por câmeras espalhadas por todo lugar, ele foi preso, devolveu o aparelho furtado e desculpou-se com a delegação japonesa. Mas como foi amador demais, acabou expulso da delegação e passou a maior vergonha da sua vida.
Tomita é um veterano da natação japonesa e compõe a seleção nipônica há vários anos, tendo disputados Campeonatos Mundiais e Olimpíadas. Não está mais no auge, mesmo assim era respeitado por todos os outros atletas.
O que pode ter levado o nadador a roubar um equipamento tão fácil de adquirir no Japão, talvez com qualidade superior, justamente na sua ultima participação em alto nível? Falta de dinheiro? Fraqueza momentânea? Transformação de personalidade?
São questões como essas que tornam interessante o trabalho com os seres humanos, pois quando achamos que sabemos alguma coisa de alguém, no fundo não sabemos nada de nada, simplesmente porque não dá para saber exatamente o que passa na mente do outro. Assim vamos tentando compreender e aprender com o que ocorre a nossa volta, sejam elas boas ou más. Acho que vamos construir em Marte, mas não vamos descobrir o homem.

Naoya Tomita no noticiário coreano


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