Terminou a J.League e o resultado foi surpreendente. O Panasonic Gamba Osaka surpreendeu na reta final e ultrapassou o Mitsubishi Red Diamond, sagrando-se campeão da J.One após nove anos. A luta foi árdua porque até o ano passado o time de Osaka estava na segunda divisão. Subiu este ano e levou o troféu.
Mais do que a conquista, o Gamba mostrou que no futebol quase tudo é possível. Além da J.League, foi campeão também da Copa do Imperador e do Yamazaki Nabisco. Quer dizer, venceu todos os grandes torneios do país. O ano que vem irá disputar a Copa da Ásia juntamente com o Mitsubishi e o Sumitomo Kashima Antlers, que terminaram respectivamente em segundo e terceiro lugares.
O Hitachi Kashiwa Reysol, irá disputar a repescagem para ver quem será o quarto time a representar o Japão na Ásia. O Reysol foi treinado pelo brasileiro Nelsinho Baptista e o Antlers pelo mineiro Toninho Cerezzo.
Da segundona vieram o Hiratsuka Bellmare, Nagano Parceiro e o Montedio Yamagata, enquanto caíram o Tokushima Vorts, Cerezzo Osaka e o Omiya Ardija.
Cerezzo Osaka foi a grande decepção deste ano. Mesmo contando com o uruguaio Forlan, fez péssima campanha e fez por merecer o rebaixamento. Parece que o grande problema foram os estrelismos dos jogadores, jovens demais para encarar tanto assédio. Forlan, inclusive foi mal aproveitado pelos três treinadores que passaram por lá, e saiu dizendo que falta à equipe maior vontade de jogar e dar a importância necessária para o futebol. É, parece que a coisa estava feia por lá.
Saiu nos jornais de que Paulo Autuori fechou com o Cerezzo para o próximo ano.
O Omiya Ardija caiu pela primeira vez desde a inauguração da J.League em 1993. A equipe também trocou de treinador no decorrer da temporada e acho que demorará alguns anos para voltar à elite do futebol nipônico, assim como acontece com o Vedy Tokyo que já foi à equipe com maior torcida e títulos. Amarga a segundona faz quase dez anos e este ano terminou na parte baixa da tabela, quase caindo para terceira divisão. Lá também os jovens não suportaram a fama e deram prioridade aos carrões, cabelos pintados, brincos e outros acessórios extra futebol.
De um modo geral o nível técnico vem caindo e isso preocupa porque os investimentos são enormes, e no momento, não há muita luz no final do túnel. Só para ter uma idéia, a seleção japonesa sub-17 e sub-20 não conseguiram classificação para os mundiais das respectivas categorias.
O ano que vem tem mais.
Panasonic Gamba Osaka levantando o troféu