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Pets também podem ter câncer

12 out 2016 às 11:22

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Infelizmente, não são só os humanos que podem ter câncer de mama - ou qualquer outro tipo da doença. Assim como para nós, a prevenção continua sendo a melhor maneira de evitar um sofrimento maior dos nossos animais.

É importante estarmos sempre atentos na hora do banho e brincadeiras, e observarmos qualquer coisa estranha: uma feridinha que não sara, um carocinho. E consultar o veterinário o mais rápido possível. Existem diversos tratamentos que podem salvar a vida de cães e gatos, mas quanto antes iniciarmos o tratamento, melhor.

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Robson Pasquale, médico veterinário da Oncovet, explica que "o diagnóstico tardio, infelizmente, ainda é um desafio enfrentado na rotina da oncologia veterinária, especialmente pela falta de cuidado do proprietário que busca o atendimento quando a doença já está bastante avançada". Por isso a necessidade de conscientização sobre a relevância de exames periódicos e de diagnóstico precoce, período em que normalmente não há sinais de desconforto ou dor.

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O veterinário explica que, embora exista um estigma em torno da doença – que normalmente aparece associada a morte e a um tratamento doloroso – a grande maioria dos pacientes diagnosticados precocemente pode, sim, ter cura. "Um tratamento adequado traz benefícios tanto na qualidade de vida do animal como no aumento de sua expectativa de vida", observa.

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O câncer pode acontecer em qualquer região do corpo do animal, da ponta do focinho à ponta da cauda. Entre as neoplasias mais comuns destacam-se os tumores de mama, os tumores de pele e o linfoma. De acordo com a médica veterinária da DrogaVet, Andressa Felisbino, embora as campanhas contra o câncer de mama sejam geralmente mais focadas em fêmeas, este tipo de neoplasia também pode ocorrer em machos. "Tem pouca incidência mas alta malignidade, por isso a importância da prevenção", declara.


Para evitar o câncer de mama em cães e gatos, Andressa recomenda a castração precoce (antes do primeiro cio) e não utilizar anticoncepcionais. "O tutor deve aproveitar os momentos de brincadeira para apalpar o animal e ver se há a existência de nódulos, inchaços, secreções, carocinhos, dores ou aumento das mamas além de promover visitas regulares ao veterinário", diz.

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Assim como nos humanos, a idade ou propensão genética podem ser desencadeadores de neoplasia. Mas os distúrbios também podem ser influenciados por questões hormonais, ambientais e fatores de risco como a exposição à radiação solar. Entre os cães mais propensos ao desenvolvimento de neoplasias estão os das raças Rottweiler, Golden Retriever e Boxers.


Os sintomas mais comuns são perceptíveis visualmente como o aumento de volume em regiões como a face, pele, ossos e abdômen. Em alguns casos os sintomas são inespecíficos e podem ser confundidos com outras doenças pois acarretam perda de peso e apetite, tosse e sangramentos na região nasal ou genital.

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O médico veterinário Robson Pasquale ressalta que o tutor deve sempre estar atento a qualquer aumento de volume ou nódulos na pele do pet. "É preciso buscar um diagnóstico para qualquer nódulo aparente. Jamais esperar que esse nódulo ou tumor cresça para buscar atendimento", enfatiza. No caso dos cães das raças Rottweiler e Golden Retriever ele recomenda ultrassonografia abdominal preventiva a partir dos 7 anos, quando inicia a fase geriátrica dos animais.


"Outro ponto importante é ter algum programa de prevenção junto ao médico veterinário que acompanha o seu animal de estimação", acrescenta. No caso de detecção de um tumor, cabe ao médico veterinário o diagnóstico através de exames de biópsia, para determinar a malignidade deste tumor além da necessidade de ultrassom, raio x, e avaliação de linfonodos para verificar a existência de metástases, no caso do mesmo apresentar malignidade.

O veterinário observa que, além do diagnóstico precoce, o tratamento é outro ponto de atenção, uma vez que muitos pets não aceitam medicamentos com facilidade. Neste caso "as fórmulas manipuladas são de suma importância no manejo do paciente oncológico".


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