Está aberta a temporada da comilança de chocolate. Seja na forma de barras, ovos ou bombons, a Páscoa geralmente vem acompanhada de cacau. E quem tem pets em casa, já sabe, eles vão fazer aquela cara de dó implorando por um pedacinho. Mas a menos quantidade de chocolate pode causar vários problemas bem sérios, inclusive a morte, por isso, nada de ceder à tentação. A teobromina, presente no chocolate, é a responsável pelos transtornos.
Quando os bichinhos comem chocolate, eles podem ter vômitos, diarreia, aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, arritmia, convulsões e podem até evoluir para o óbito.
"Uma dose tóxica para os pets é de 100 miligramas por quilo de peso corporal do animal, assim, se o pet pesa 2 kg, 13 gramas de chocolate já são capazes de causar uma grave intoxicação. Quanto mais escuro e amargo o chocolate, mais cacau presente e quanto mais cacau, mais teobromina" explica Larissa Seibt, médica do Centro Veterinário Seres do Grupo Petz.
E não pense em substituir o chocolate escuro pelo branco. Embora em menor escala, o chocolate branco também pode causar efeitos adversos aos pets.
Ovos para pets - Se quiser mesmo comemorar a Páscoa com eles, procure os ovos de páscoa produzidos especialmente para pets. São ovos de Páscoa com aroma de chocolate, mas sem o cacau, e feitos com farelos à base de soja benéficos à saúde animal. O tutor, entretanto, não deve exagerar. Embora indicado para todas as raças, a quantidade diária de consumo dos ovos especiais deve ser pequena.
"Como qualquer tipo de alimentação, a quantidade deve ser controlada. Embora seja saborosa e atrativa ao pet, o seu consumo deve seguir as recomendações dos fabricantes para evitar problemas digestórios e maiores intercorrências", diz Dra Larissa.
Nesta época do ano é preciso redobrar o cuidado com os doces e guardá-los em lugares seguros das patas curiosas! O aroma adocicado também atrai gatos sujeitos aos mesmos efeitos colaterais.
O açúcar e gordura presentes no chocolate e outros doces além do risco de intoxicação, aumentam a probabilidade do animal desenvolver diabetes, obesidade, ter aumento de tártaro, cáries e perda de dentes.
"Doces como chocolate, balas, biscoitos, além da substância já mencionada, contêm xilitol, que também é prejudicial para o fígado do pet. Podem ser dadas aos animais algumas frutas, como a melancia sem sementes, por exemplo, mas em pequena quantidade também. Recomendamos aos tutores antes de introduzir qualquer nova alimentação na dieta do pet, procurar um médico veterinário", orienta a Dra Larissa.