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Fogos e rojões - como ajudar os pets que têm medo?

17 dez 2016 às 09:41

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Final de ano, festas, visitas em casa, viagens. O que pode ser motivo de alegria para nós, pode ser a causa de muito estresse para nossos pets. A mudança de rotina aliada aos barulhos tradicionais da época, principalmente dos fogos de artifício, podem ser uma tortura para cães, gatos e outros animais.

Infelizmente são poucos os municípios que já proibiram o uso de fogos que fazem barulho e mesmo assim, sempre tem alguém que vai comprar e soltar rojões. Então, resta ao tutor buscar alternativas que ajudem a tranquilizar o pet, para que ele passe da melhor maneira por essa época barulhenta e estressante.

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A médica veterinária Larissa Salles Teixeira, da Venco Saúde Animal, lembra que o importante é dar atenção ao pet e observar seu comportamento para ajudá-lo a enfrentar melhor esse período. Conhecendo o animal, é possível tomar algumas precauções, como um treino de dessensibilização. "Isso pode ser feito colocando sons no computador, diária e gradualmente, que imitem o barulho de fogos. O som deve ser aumentado e o tutor precisa se manter junto ao pet, brincando e fazendo carinho para que ele 'entenda' que não há nenhum mal com aquele barulho", recomenda Larissa.

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Ainda, segundo a veterinária, é possível colocar pequenos tufos de algodão no ouvido do pet, que ajudam a abafar um pouco o som e promover maior conforto, uma vez que a audição dos animais é bem mais sensível que a dos humanos. O local em que cães e gatos ficam, alerta a profissional, também faz toda a diferença. "É necessário que o pet fique abrigado em um local seguro, fechado e sem objetos cortantes, durante o barulho dos fogos", afirma Larissa, pontuando que cães e gatos, ao ficarem com medo, tentarão fugir e uma grande parcela das visitas ao veterinário durante essa época é justamente em decorrência de ferimentos porque tentaram escapar por janelas, portas e grades.

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Outra dica importante é não prender o animal com coleira, dando preferência em colocá-lo em um cômodo fechado e seguro, pois em momentos de desespero ele pode se enforcar com a guia ou coleira. "Se possível, fique por perto do seu pet, ofereça atenção, petiscos e brinque com ele, desviando a atenção do barulho e fazendo-o entender que está tudo bem". Conforme a veterinária, os maiores riscos para um animal durante o estresse são que ele fuja de casa ou se machuque gravemente durante uma tentativa de fuga. "Pode quebrar janelas ou portas de vidro, derrubar objetos pontiagudos, ou ainda se ferir tentando saltar grades, além da possibilidade de ficar preso em algum lugar", adverte.


Para ajudar o animal, lembra Larissa, é preciso estar atento ao seu comportamento. Em momentos de estresse, por exemplo, cães podem uivar em excesso, ter incontinência urinária, não se alimentar ou se automutilar (mordendo sua própria pata ou cauda, causando ferimentos severos). E os gatos, acrescenta, tendem a se esconder e evitam se alimentar, podem miar ou vocalizar bastante também, mas na maioria das vezes, ficam em silêncio escondidos. "Em todas essas situações é preciso dar atenção e tentar minimizar o estresse das formas que forem possíveis".


Uma das orientações que aprendi no caso dos gatos é, quando ele estiver escondido, não tente retirá-lo do seu local "seguro". Ele irá sair quando se sentir bem, por isso o tutor pode apenas colocar alimentos e água, além da caixa de areia, próximo de onde ele estiver. Isso vale não só para os fogos de artifício mas também no caso da chegada de visitas. Nada de arrastar o pet do armário ou debaixo da cama só para exibi-lo para os parentes. Ele precisa saber que aquele local que escolheu para se esconder é realmente seguro!

Larissa observa que em alguns casos, o medo e o estresse dos animais são tão grandes que os médicos veterinários podem prescrever medicações tranquilizantes que acalmem os pets. "Alguns medicamentos deixarão o pet levemente sedado, o que garante maior tranquilidade e conforto para cães e gatos ". Porém, reforça ela, os tranquilizantes são medicamentos de controle especial e só podem ser prescritos por veterinários com notificação de receita, pois têm várias contraindicações. Tentar medicar seu pet por conta própria pode ser fatal, converse sempre com seu veterinário de confiança!


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