Carros automáticos começaram a ser popularizar no início da década de 1990, quando as importações de veículos, suspensas desde 1976, foram retomadas. Naquela época, ter quatro marchas era algo moderno. Hoje, as caixas mais comuns têm seis velocidades. Mas algumas marcas vão além.
A Chery lançou nesta semana o sedã Arrizo 5 com câmbio automático do tipo CVT, que simula nove marchas. Mas se sete já parecia ser bastante, por que nove? A resposta está no ganho de eficiência energética.
O novo câmbio proporciona rotações mais baixas do motor na estrada e também em algumas situações no trânsito urbanos. Com isso, há uma distribuição mais eficiente da força, que leva à redução no consumo de combustível.
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Há mudança de componentes, mas o trabalho de simular as trocas é basicamente feito pela eletrônica. De fato, um câmbio tipo CVT não teria passagens de marchas.
Ao criar um novo escalonamento virtual, a Chery conseguiu deixar o Arrizo 5 mais esperto. O motor 1.5 turbo flex ganhou torque e manteve a potência de 150 cv quando abastecido com etanol.
Em um teste de 60 quilômetros por rodovias no interior de São Paulo, o sedã se destacou nas retomadas. Caso fosse colocado lado a lado com rivais da mesma faixa de preço (a partir de R$ 74,6 mil), é provável que o modelo de origem chinesa largasse na frente. Seus rivais diretos são Volkswagen Virtus TSI, Honda City e Toyota Yaris.
Ajustes
Mas o Arrizo 5 leva desvantagem na hora de achar uma boa posição ao volante. Falta regulagem de profundidade da coluna de direção e o ajuste de altura do assento do motorista poderia ter mais amplitude. Outro ponto que pode melhorar é o quadro de instrumentos, que tem algarismos pequenos.
Os detalhes, no entanto, não diminuem o brilho do conjunto formado por motor e câmbio. A caixa de nove marchas caiu bem no carro, que agora é vendido nas versões RT e RTS. A opção mais cara (R$ 83,6 mil) é equipada com seis airbags e teto solar.
Freio de mão eletrônico e rodas de 17 polegadas são itens de série em todos os Arrizo 5 2021.