O dia 1º de dezembro foi escolhido para marcar o Dia Mundial de Combate ao HIV/Aids em 1987, durante a Assembleia Mundial da Saúde. Desde então, nesse dia, são realizadas ações em diversos países, visando a conscientização da população. A partir deste ano, a campanha ganha um reforço no Brasil: todo o mês de dezembro, e não apenas o dia 1º, será dedicado ao tema.
A lei que instituiu o Dezembro Vermelho foi sancionada há menos de um mês e prevê um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento do HIV e às demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A campanha terá foco na prevenção, na assistência, na proteção e na promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com o vírus.
Dentre as ações previstas, que serão realizadas em parcerias entre o poder público, a sociedade civil e os organismos internacionais, estão a iluminação de prédios públicos com luzes vermelhas, a veiculação de campanhas na mídia e a promoção de palestras e atividades educativas.
Leia mais:
Soropositivos indetectáveis não transmitem HIV a parceiros sexuais, afirmam pesquisas
Pesquisas monitoraram dezenas de milhares de atos sexuais desprotegidos
Médicos brasileiros divergem sobre intransmissibilidade do HIV
Conheça Bruce Richman, idealizador da campanha I = I no mundo
Londrina
A Secretaria de Saúde de Londrina também promove ações para marcar este 1º de dezembro. Servidores estarão no Calçadão fazendo panfletagem e orientando a população. "As orientações serão principalmente sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) sexual. As pessoas se esquecem que, em até 72 horas após a exposição [ao HIV], é possível iniciar a terapia combinada e evitar a transmissão do vírus", contou o médico infectologista do Centro Integrado de Doenças Infecciosas (CID) Fábio Guedes Crespo.
Além da PEP, as orientações incluirão assuntos correlatos, como a oferta da vacina contra hepatite, que agora é aberta a todos, e da vacina contra o HPV para a população de 9 a 26 anos, de acordo com o médico.
Outra ação que vai marcar a data é a capacitação de funcionários da rede municipal de saúde para testagem e aconselhamento de pessoas com HIV. "Essa capacitação já vem sendo feita, mas a ideia é sempre ampliar a malha de funcionários capacitados para que as pessoas possam fazer o teste rápido em qualquer Unidade Básica de Saúde [UBS], de forma descentralizada", explicou o especialista.
Teste
Qualquer pessoa pode fazer, gratuita e anonimamente, o teste rápido para detecção de HIV, sífilis e hepatites B e C no município. O resultado sai entre 15 e 30 minutos. "O prazo para o resultado vai depender se o teste inclui hepatite ou se é só para HIV", justificou o especialista. Além dos exames, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação dos resultados pelo paciente. As unidades de saúde também distribuem gratuitamente preservativos femininos e masculinos.
Segundo o médico Fábio Guedes Crespo, ações em Londrina vão falar da PEP