De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pelo Procon, o índice de solução das queixas realizadas pelos consumidores contra as agências de viagens é de 63,38% e de 67,8% pelas companhias aéreas.
Abaixo do índice de 95%, considerado como ideal, empresas como a agência Decolar.com, com resolução de 76% dos casos de reclamações, e a TAM Linhas Aéreas, com cerca de 71% dos casos resolvidos, ocupam as primeiras posições do ranking por conta de problemas relacionados a cobranças, serviços, contratos, extravio de bagagens e outras questões.
Para o advogado Leonardo Muniz, especialista em direito do consumidor e direito aeronáutico, as principais reclamações giram em torno de atrasos dos voos e problemas com os pacotes de viagens comprados, principalmente com os adquiridos pela internet.
Segundo ele, os consumidores devem ficar atentos, pois os pacotes de viagens que são vendidos com amplas formas de pagamento e por preços altamente acessíveis podem carregar em si ofertas nem sempre vantajosas.
"Existem no mercado muitos casos de ofertas que englobam passagens, hospedagem, passeios turísticos e diversos outros benefícios com valores altamente atrativos, mas que, após a compra, costumam frustrar o consumidor", diz Leonardo.
Problemas como cancelamentos de voos, não cumprimento de contratos, baixa qualidade de acomodação do hotel, muitas vezes bem mais atraentes nas fotos de divulgação que ao vivo são bastante comuns, especialmente durante o período de férias escolares e feriados prolongados.
Segundo o especialista, o consumidor pode evitar futuras dores de cabeça ao aderir as promoções de viagens, seja pela internet por meio de sites coletivos ou em agências físicas, ao procurar saber um pouco mais sobre a empresa e os seus direitos como consumidor.
"Evitar comprar de forma impulsiva, dando lugar a uma pesquisa detalhada sobre a agência que pretende contratar é uma excelente ação preventiva. O consumidor também deve atentar para a verificação de possíveis reclamações no Procon, além de buscar informações sobre a procedência e o cadastro dessa empresa no Ministério do Turismo", sugere Leonardo.
Excelentes aliadas nessa fase de busca por informação, são também as redes sociais, que permitem o acesso a opinião de outros consumidores que aprovaram ou passaram por algum tipo de problema em específico ao comprar os pacotes. São questões como essas que evitam problemas que não só podem estragar as férias programadas, mas até mesmo impedir que a própria viagem aconteça.(Fonte: Viagem Livre)