Algumas dúvidas são comuns quando pensamos em viajar: Para onde ir? Quando ir? Quanto tempo ficar? Qual o custo do passeio? Para ajudar a responder a essas perguntas, a Agência de Notícias do Turismo ouviu alguns especialistas que deram dicas importantes sobre como planejar as férias.
Uma boa opção é procurar uma agência de viagem. As empresas oferecem diversos pacotes de acordo com o perfil e o bolso de cada pessoa. Mas, para aqueles que querem se programar sozinhos, a principal ferramenta é a internet.
O publicitário Carlos Fortini, 37 anos, já viajou muito. Com a experiência, ele aprendeu a se programar para manter a agenda de dois passeios por ano. Fortini conta que a primeira decisão que deve ser tomada é a escolha do destinou ou do tipo de turismo. "O primeiro ponto que você tem que ter no planejamento é saber mais ou menos qual o destino que você gostaria de ir ou qual seria o tipo de viagem que você gostaria de fazer, se é algo mais específico como turismo de aventura, ecoturismo...", explica.
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Nos dois casos, as ferramentas de busca na internet são o suporte inicial para ganhar familiaridade com os destinos. Se o desejo do viajante é conhecer, por exemplo, os Lençóis Maranhenses, ele deve pesquisar especificamente sobre o local.
"Mas, se você tiver alguma coisa mais fechada, como uma viagem temática, o melhor a fazer é levantar o que você quer fazer, para depois ver quais são os destinos que oferecem esse tipo de turismo", orienta o publicitário.
Como as informações não estão consolidadas em um único lugar, o viajante deve entrar em vários sites especializados e em fóruns para pegar dicas com outras pessoas que visitaram um determinado destino ou realizaram um turismo temático.
"Você coloca na ferramenta de busca a palavra que você quer e vão aparecer várias opções. Primeiro você vai pesquisar os destinos que oferecem o tipo de turismo desejado. Bom, vi que têm cinco, seis destinos no Brasil. São próximos um do outro? Dá para conhecer mais de um destino na mesma viagem? Se são distantes, então vamos nos concentrar em um único destino. Isso tudo vai ser definido a partir da disponibilidade da pessoa. Não dá para conhecer mais de um destino se eles não forem próximos e o tempo de folga for de sete dias. A escolha do destino está atrelada a isso, ao tempo e ao tipo de viagem", aponta Fortini.
Passada a fase de escolha do destino, o próximo passo é decidir o cronograma de viagem. Uma boa dica é anotar as informações em uma espécie de guia pessoal, que irá orientar a próxima aventura. Com a experiência, o turista também vai definindo quais as fontes de pesquisa são mais úteis e confiáveis. Há também a opção de baixar aplicativos no celular que oferecem guias, mapas e outras facilidades, além dos guias físicos vendidos em livrarias.
Orçamento
Durante as pesquisas, o turista vai se deparando com outras informações úteis, como a melhor época do ano para viajar. Fora de temporada os custos diminuem, mas as condições climáticas são menos favoráveis. O ideal é conciliar este período com o melhor clima possível, segundo o planejador financeiro, Leonardo Gomes.
"Uma boa estratégia é procurar a baixa temporada. Quando se tem uma demanda maior, o preço fica muito mais alto. Às vezes você tem a flexibilidade de viajar fora da alta temporada e os preços são bem melhores. Há sites que permitem acompanhar a variação dos preços de passagem e ainda receber alertas de promoção por e-mail", indica.
Para ele, a definição do roteiro e do tipo de viagem permitem que o viajante aproveite eventuais promoções. "Sabendo exatamente o que você quer, fica mais fácil, quando aparecer um preço mais em conta, estar preparado para comprar aquilo", completa Gomes.
É preciso ficar atento, pois alguns custos podem ser otimizados. Se a viagem for em grupo, o turista consegue descontos em passeios e pode optar pelo aluguel de casas ou apartamentos. O site Airbnb é uma ferramenta bastante acessada neste caso. Para o viajante solitário, uma opção é ficar em hostels. Neste tipo de hospedagem os quartos são divididos, o que também representa uma oportunidade de conhecer pessoas e dividir passeios.
No entanto, para ser possível chegar a este ponto do planejamento, é preciso que uma decisão tenha sido tomada logo no início. "Eu crio uma poupança e vou depositando um dinheiro. Ano que vem eu vou para tal lugar. Vejo quanto é necessário e quanto consigo juntar por mês", comenta Fortini, que divide as compras no cartão em no máximo seis vezes, para que a última prestação não coincida com a próxima viagem.
Estratégia defendida por Leonardo Gomes, que aconselha priorizar uma economia mensal para o passeio em detrimento a gastos desnecessários. Para ele, um erro comum é desconhecer o próprio orçamento. "Ás vezes a pessoa não sabe quanto gasta com salão, compras, supermercado e esse dinheiro parece pouco, mas não é. Se você conhece bem seu orçamento, anota os gastos, você consegue evitar o supérfluo, aquilo que na verdade você não queria gastar e gastou por falta de conhecimento", finaliza.